domingo, 11 de janeiro de 2015

Quer casar? Saiba como induzir o parceiro a fazer o pedido

Eu aceito. Estas duas palavrinhas combinadas a um vestido branco, flores e um belo partido ao lado compõem o sonho de boa parte das mulheres. Os costumes mudaram e muitos casais começaram a dar pouca importância para o juramento ao pé do altar, no entanto, o desencantamento quanto ao casamento não atingiu a todos. Mesmo que fuja da convencional caminhada pelo tapete vermelho, de frente para a imagem de Cristo, ao som da marcha nupcial; as mulheres ainda querem o ritual do casamento. “Elas desejam mais do que os homens”, disse a psicóloga e terapeuta familiar Marina Vasconcellos.
Segundo Marina, o casamento foi implantado no universo feminino há muitos anos. “No passado, as mulheres eram criadas para casar e cuidar dos filhos”, lembrou. Com os homens, as coisas são diferentes; alguns desejam tanto o casamento quanto as mulheres, mas a maioria não liga para o ritual e acaba fazendo tudo como manda o figurino apenas para agradar a parceira. No entanto, antes de chegar a este ponto, é preciso que exista o pedido ou intenção de casar e ela deve partir dos dois. O namoro está ótimo, surge, então, na mulher o desejo de dar o próximo passo. Mas como ser pedida em casamento? Plantar a ideia no parceiro não é tarefa fácil. “Tem que ser muito sutil, para que o homem não saia correndo. Se o homem for fujão, que valoriza muito a liberdade e não acredita em casamento, é melhor desistir”, aconselhou a psicóloga Marina. 
A melhor estratégia é colocar o assunto na pauta. “Pode alugar um filme que aborde o assunto e assistir com o parceiro, citar pessoas próximas que estão se casando e perguntar o que ele acha ou comentar que teve um sonho de que estava casando com ele e perguntar ‘já pensou?'”, indicou Marina. “Se ele ficar quieto, significa que é um assunto do qual ele não quer falar; ficar bravo mostra que está com medo e não sabe lidar com o assunto; uma reação positiva é se ele falar naturalmente sobre casamento”, completou.  A psicóloga e professora do Instituto de Psicologia da USP, Isabel Cristina Gomes, citou a gravidez como uma das estratégias usadas pelas mulheres para apressar o casamento. No entanto, segundo ela, a artimanha não funciona para todos os casos e a mulher pode acabar como mãe solteira. Em pratos limpos As mulheres adoram comer pelas beiradas, mas Isabel alerta que este tipo de jogo pode ser descoberto facilmente. “O parceiro pode perceber a intenção na hora e não gostar”, disse ela. A mulher tem táticas para induzir a outra pessoa a expressar uma ideia que antes era dela, porém, “o casamento é um projeto em comum, decidido pelos dois”, disse Isabel. O ideal, para a profissional, é jogar aberto em uma conversa. “Ela pode falar ‘eu quero casar, quero saber o que você pretende'”, sugeriu. A sinceridade funciona com casais maduros e prontos para assumir uma união mais séria. “Hoje, dentro de um modelo contemporâneo, a mulher pode pedir o homem em casamento, vai depender do desejo de cada um chegar e propor o matrimônio ao outro”, acrescentou. Antes do plano “Na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, …”. Os votos podem parecer apenas um clichê, mas devem ser levados a sério. Antes de colocar o plano de “ser pedida em casamento” em ação, o ideal é avaliar se realmente existem condições para a união. Alguns casais, diante a uma dificuldade financeira, não aguentam a pressão e se separam, exemplificou Marina. “É preciso entender que não é fácil, que não é possível mudar a outra pessoa, que tem que respeitar as diferenças e as imposições não adiantam”, disse Marina. Antes de casar, os dois precisam conversar sobre a renda de cada um, onde irão morar e, principalmente, sobre filhos. “Imagine, a mulher quer tanto casar que não pergunta se o parceiro quer filhos, quando ela diz que quer engravidar, ele diz que não quer ser pai e os dois já estão casados”, alertou Marina. Namoros muito longos João e Maria namoraram por 15 anos, até que decidiram se casar. Passaram oito meses casados e se separaram. A história é hipotética, mas a situação acontece com frequência. Segundo Marina, isso ocorre pois o casal decide se unir oficialmente por pressão. “Estamos há tanto tempo juntos, que precisamos casar”, exemplificou ela sobre o que se passa com os dois. No entanto, não existe mais amor ou paixão, apenas o costume de estar junto.
Esses casais levam o namoro ao longo dos anos e, para não decepcionar família, amigos e até mesmo as expectativas criadas no início do relacionamento, continuam juntos sem que exista uma razão para estarem. Quando casam, percebem que a relação não está mais como antes e terminam, explicou a psicóloga.



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